Aconitum napellus é uma planta anual que cresce sobre pedras, em lugares sem terra como um bulbo no ar, onde pastam as ovelhas.
Ela desaparece todos os anos.
Aconitum confunde a luz com a vida. Para ele só há vida enquanto há luz. Se fica no escuro, acha que está morrendo.
Se uma pessoa diz que por faltar luz no elevador sente falta de ar e por isto vai morrer, sem dúvida, existe a possibilidade de ser um paciente Acon.
Patologias que surgem após exposição ao ar frio e seco, aos ventos do Norte ou de Oeste ou à suspensão da transpiração por violentos golpes de vento frio.
O doente de Aconitum é ansioso, inquieto, agitado e tem medo da morte. O medo está sempre presente neste paciente; irracional e envolto por uma angústia exacerbada.
Há nele uma excitabilidade nervosa fora do comum, ficando sobressaltado por qualquer acontecimento mesmo que de pouca importância. A agitação ansiosa com medo da morte acompanha praticamente todos os sintomas.
A agitação é física e mental. O seu rosto é a expressão do medo que não tem fundamento plausível. A angústia é terrível, com intenso medo da morte; chega a predizer o dia e em certos casos a hora em que vai morrer. Medo da morte durante a gravidez.
Crises de angústia por volta da meia noite.
A vida transforma-se em algo insuportável por via dos seus medos e crê que a sua doença lhe será fatal. Qualquer padecimento por mais ligeiro que seja, é acompanhado por angústia e medo. Tem medo de sair de casa, medo da multidão, de atravessar a rua, de qualquer coisa que está por acontecer.
Agitado e ansioso, faz tudo apressadamente, mudando constantemente de posição.
Não suporta a música que o entristece.
Padece de insónia com uma inquietude que o obriga a mover-se constantemente no leito. Os sonhos provocam-lhe sobressaltos.
Quando se levanta, depois de estar deitado, o seu rosto que apresentava uma cor avermelhada, fica pálido. Pode acontecer que seja acometido de vertigens e caia, ficando inconsciente; fica então com medo de se levantar de novo.
Quando tem dores não quer que ninguém se aproxime.
Nevralgias recentes por exposição ao frio seco, a uma corrente de ar. Nevralgia do trigémeo recente ou crónica, com crises induzidas pelo frio seco ou por bebidas geladas. Todas as outras nevralgias.
Por vezes, uma bochecha está avermelhada, enquanto que a outra está pálida.
Cefaleia frontal aguda, por vezes por insolação ou exposição a um calor intenso.
Nevralgia facial por frio.
Tudo o que come tem gosto amargo, à excepção da água que deseja insaciavelmente.
Dores abdominais após golpe de frio seco.
Gastralgia aguda que surge após absorção de água gelada.
Diarreia esverdeada. As fezes parecem espinafres cortados.
Tosse crupal repentina, seca, sufocante, que surge antes da meia noite, após exposição a um vento frio e seco. Por vezes, dores intercostais, que são agravadas pela respiração e quando o paciente se deita sobre o lado doloroso.
Rouquidão por força da exposição ao frio seco.
Hemoptise de sangue vivo.
Hipertensão. Taquicardia induzida pela angústia ou pelo frio.
O pulso é cheio, tenso e rápido, apresentando em alguns casos alguma intermitência.
Amenorreia das jovens.
Matéria Médica
Aconitum não gosta de escrever, mas fala de si como qualquer Lachesis, pois é comunicativo por excelência.
Onde era aquela dor? - Nos olhos atrapalhando a visão da luz.
Aconitum verbaliza isto na clínica pondo a mão no peito e dizendo: estou sufocado, estou abafado.
Ele está apenas contando a história da sua vida. "Meu marido me sufoca", "Minha filha está me abafando".
Aconitum acha que o tórax não tem espaço, que a cavidade é muito apertada, daí surge essa sensação de abafamento, de grande opressão. É como se o seu pulmão não tivesse espaço ali dentro.
O paciente também verbaliza isto fora dele.
No momento em que estou com o diagnóstico pronto, pergunto num tom quase de piada:
Como você se sente no cemitério ajudando a jogar uma terrinha em cima do defunto?
- O paciente olha para você, joga os braços e o corpo para trás e diz assim: Deus me livre, nunca fiz isso, sentiria falta de ar; jogar terra em cima dos outros, nunca!
A cavidade torácica simbolicamente lembra o caixão para o indivíduo Aconitum.
Para Aconitum com o sufoco vem a falta de ar, a catalepsia e a morte.
Sempre acham que vão ter um ataque cataléptico e que por isto vão ser enterrados vivos.
O Repertório registra apenas a rubrica: "Medo de ir dormir".
Acon. verbaliza no consultório: "Medo de ir dormir porque vão achar que já estou morto e vão me enterrar vivo".
Também diz: "Medo de ter um ataque cataléptico e vão pensar que estou morto". Em Lach. há um sintoma parecido, cuidado para não confundir.
Lachesis verbaliza quase do mesmo jeito. O esteriótipo dos dois quadros é parecido. O diagnóstico diferencial pode ser difícil.
Tenho observado que Acon. gosta de passar trote e não gosta de pessoas falsas e mentirosas. É estranho, porque trote é uma forma evidente de falsidade.
Temos observado no consultório que Acon. modaliza este medo dizendo: "Tenho medo que um espírito pegue no meu pé à noite na cama, por isto durmo com os pés cobertos"
No outro polo é comunicativo e consta nesta rubrica.
Agregar "Geral – Fraqueza – falar, por"
A palavra "Confinement" aparece neste sintoma e significa parto, mas também confinamento, prisão, encarceramento.
Isto lembra a idéia do enterrado vivo que não pode respirar.
Aconitum acha que a criança vai morrer asfixiada ao passar pelo canal do parto.
Patologias que surgem após exposição ao ar frio e seco, aos ventos do Norte ou de Oeste ou à suspensão da transpiração por violentos golpes de vento frio.
O doente de Aconitum é ansioso, inquieto, agitado e tem medo da morte. O medo está sempre presente neste paciente; irracional e envolto por uma angústia exacerbada.
Há nele uma excitabilidade nervosa fora do comum, ficando sobressaltado por qualquer acontecimento mesmo que de pouca importância. A agitação ansiosa com medo da morte acompanha praticamente todos os sintomas.
A agitação é física e mental. O seu rosto é a expressão do medo que não tem fundamento plausível. A angústia é terrível, com intenso medo da morte; chega a predizer o dia e em certos casos a hora em que vai morrer. Medo da morte durante a gravidez.
Crises de angústia por volta da meia noite.
A vida transforma-se em algo insuportável por via dos seus medos e crê que a sua doença lhe será fatal. Qualquer padecimento por mais ligeiro que seja, é acompanhado por angústia e medo. Tem medo de sair de casa, medo da multidão, de atravessar a rua, de qualquer coisa que está por acontecer.
Agitado e ansioso, faz tudo apressadamente, mudando constantemente de posição.
Não suporta a música que o entristece.
Padece de insónia com uma inquietude que o obriga a mover-se constantemente no leito. Os sonhos provocam-lhe sobressaltos.
Quando se levanta, depois de estar deitado, o seu rosto que apresentava uma cor avermelhada, fica pálido. Pode acontecer que seja acometido de vertigens e caia, ficando inconsciente; fica então com medo de se levantar de novo.
Quando tem dores não quer que ninguém se aproxime.
Nevralgias recentes por exposição ao frio seco, a uma corrente de ar. Nevralgia do trigémeo recente ou crónica, com crises induzidas pelo frio seco ou por bebidas geladas. Todas as outras nevralgias.
Por vezes, uma bochecha está avermelhada, enquanto que a outra está pálida.
Cefaleia frontal aguda, por vezes por insolação ou exposição a um calor intenso.
Nevralgia facial por frio.
Tudo o que come tem gosto amargo, à excepção da água que deseja insaciavelmente.
Dores abdominais após golpe de frio seco.
Gastralgia aguda que surge após absorção de água gelada.
Diarreia esverdeada. As fezes parecem espinafres cortados.
Tosse crupal repentina, seca, sufocante, que surge antes da meia noite, após exposição a um vento frio e seco. Por vezes, dores intercostais, que são agravadas pela respiração e quando o paciente se deita sobre o lado doloroso.
Rouquidão por força da exposição ao frio seco.
Hemoptise de sangue vivo.
Hipertensão. Taquicardia induzida pela angústia ou pelo frio.
O pulso é cheio, tenso e rápido, apresentando em alguns casos alguma intermitência.
Amenorreia das jovens.
MEDO DO ESCURO
|
DESEJA A LUZ
|
FICA CEGA
|
VISÃO LÚCIDA
|
MEDO DE SUFOCAR
|
> AO AR LIVRE
|
CORRE SEM FÔLEGO
|
DORME NO AR
|
PIORA EM CASA
|
RESPIRA FUNDO
|
DESEJA A MORTE
|
ALEGRE, TRINA
|
SEM AFEIÇÃO
|
CANTA E DANÇA
|
NÃO QUER CONVERSA
|
LOQUAZ
|
MEDO DE ACIDENTE
|
TRAPAÇAS MALUCAS
|
CIRCULAÇÃO IMPEDIDA
|
QUER IMPULSIONAR O SANGUE
|
MEDO DE SER CARREGADO
|
APASCENTA OVELHA
|
QUER FICAR SÓ
|
|
PARALISIA DOS PENSAMENTOS
|
|
PREDIZ A MORTE
|
|
DESEJA A MORTE
|
|
SEM VIDA
|
|
Matéria Médica
Aconitum não gosta de escrever, mas fala de si como qualquer Lachesis, pois é comunicativo por excelência.
Onde era aquela dor? - Nos olhos atrapalhando a visão da luz.
Aconitum verbaliza isto na clínica pondo a mão no peito e dizendo: estou sufocado, estou abafado.
Ele está apenas contando a história da sua vida. "Meu marido me sufoca", "Minha filha está me abafando".
Aconitum acha que o tórax não tem espaço, que a cavidade é muito apertada, daí surge essa sensação de abafamento, de grande opressão. É como se o seu pulmão não tivesse espaço ali dentro.
O paciente também verbaliza isto fora dele.
No momento em que estou com o diagnóstico pronto, pergunto num tom quase de piada:
Como você se sente no cemitério ajudando a jogar uma terrinha em cima do defunto?
- O paciente olha para você, joga os braços e o corpo para trás e diz assim: Deus me livre, nunca fiz isso, sentiria falta de ar; jogar terra em cima dos outros, nunca!
A cavidade torácica simbolicamente lembra o caixão para o indivíduo Aconitum.
Para Aconitum com o sufoco vem a falta de ar, a catalepsia e a morte.
Sempre acham que vão ter um ataque cataléptico e que por isto vão ser enterrados vivos.
O Repertório registra apenas a rubrica: "Medo de ir dormir".
Acon. verbaliza no consultório: "Medo de ir dormir porque vão achar que já estou morto e vão me enterrar vivo".
Também diz: "Medo de ter um ataque cataléptico e vão pensar que estou morto". Em Lach. há um sintoma parecido, cuidado para não confundir.
Lachesis verbaliza quase do mesmo jeito. O esteriótipo dos dois quadros é parecido. O diagnóstico diferencial pode ser difícil.
Tenho observado que Acon. gosta de passar trote e não gosta de pessoas falsas e mentirosas. É estranho, porque trote é uma forma evidente de falsidade.
Temos observado no consultório que Acon. modaliza este medo dizendo: "Tenho medo que um espírito pegue no meu pé à noite na cama, por isto durmo com os pés cobertos"
No outro polo é comunicativo e consta nesta rubrica.
Agregar "Geral – Fraqueza – falar, por"
A palavra "Confinement" aparece neste sintoma e significa parto, mas também confinamento, prisão, encarceramento.
Isto lembra a idéia do enterrado vivo que não pode respirar.
Aconitum acha que a criança vai morrer asfixiada ao passar pelo canal do parto.
"Sem luz sinto falta de ar", ainda que Aethusa seja o único que está no Repertório.
Num polo temos: LUZ - AR - VIDA e no outro polo ESCURO - SUFOCO - MORTE.
Aconitum é um medicamento indicado especialmente para casos agudos de aparecimento recente.
As dores são agudas e intoleráveis, geralmente provocadas por golpe de ar frio. Mais intensas durante a noite, por vezes com um marcado entorpecimento. Deixam-no num estado desesperado e são acompanhadas de ansiedade, agitação física e mental, com medo da morte.
Febre que aparece de modo brutal em tempo frio. Quando tem febre, o paciente de Aconitum tem a pele seca, quente, ardente. A agitação é enorme, mexe-se sem cessar na cama, movimentos estes que agravam os calafrios, queixa-se, diz que está perdido, que vai morrer. A sua angústia agrava no fim da tarde e no momento de dormir. O rosto avermelhado fica branco quando se levanta. Sede insaciável por grandes quantidades de água fria.
Sente a cabeça quente, pesada. Tem vertigens quando se levanta, depois de estar deitado. As suas dores de cabeça frontais, supra-orbitárias, aumentam de intensidade à noite.
Otite aguda, após golpe de ar frio. O ouvido torna-se sensível e não suporta ruídos.
A língua está inchada, coberta de um saburro branco ou esbranquiçado, com formigamentos na sua ponta, que também surgem nos lábios.
Rinite aguda antes do corrimento nasal.
Todos os sinais cardiovasculares são acompanhados de ansiedade e agitação, agravando pelo frio, o vento frio, o gelo, e à meia noite. Palpitações bruscas, com dores na região do coração e ansiedade com medo da morte. Necessidade do doente ficar deitado com a cabeça elevada.
Fica ansioso antes de urinar.
As regras são abundantes e prolongadas. Estas findam subitamente por efeito de um susto, medo ou depois da paciente ter apanhado frio seco.
AGRAVAÇÃO: ao fim da tarde e à noite as dores são insuportáveis; à noite; por volta da meia noite; levantando-se da cama; após exposição ao vento frio e seco; estando deitado do lado doloroso; em um quarto quente; por medo súbito.
MELHORA: ao ar livre; repousando; depois de ter transpirado – nos casos agudos –.
H,81 - DESEJA A LUZ, ANSEIA VER LUZ BRILHANTE
H,521 - VISÃO LÚCIDA. ELE DIZ, AGORA MINHA AMADA (QUE ESTÁ A 70 MILHAS DE DISTÂNCIA) DEVE TER CANTADO UMA PASSAGEM DIFÍCIL DE UMA CANÇÃO QUE ACABEI DE CANTAR.
A clarividência de Lach. é mais voltada para as profecias, fatos que irão acontecer, enquanto a de Acon. é para fatos que estão acontecendo naquele momento.
Por exemplo: ele sabe quem está tocando na campainha, quem chama no telefone, quem está morrendo naquele momento.
H,506 - ALEGRE, TENDÊNCIA A CANTAR E A DANÇAR
H,443 - DELIRANDO AO ACORDAR, PULA DA CAMA E PENSA QUE ESTÁ APASCENTANDO OVELHAS
O apascentador de ovelhas, o bom pastor, não quer que nenhuma das suas ovelhas se desgarre do rebanho. Observamos pela clínica que o paciente tenta de todas as maneiras manter toda sua família reunida, como manganum, agradando a todos. Quem conduz o rebanho tem que ter autoridade, e chega a sufocar os elementos da família por excesso de cuidados.
Hr,1-26 - LOQUACIDADE, FALA RÁPIDO
H,253 - ANSIEDADE COM MEDO DE SUFOCAR
Pesquisando nas Matérias Médicas podemos ver outros medicamentos além de Acon. que apresentam "Medo de sufocar com ansiedade": acon-f, kali-n, dig, spig, squil, verat, spong.
H,396 - O CORPO INTEIRO FICA DOLORIDO AO TOQUE. A CRIANÇA NÃO SE DEIXA SER CARREGADA; GRITA, CHORA
Agregar em "Carregado, aversão a ser".
H,453 - SENTE COMO SE A CIRCULAÇÃO DE TODOS OS VASOS SANGUÍNEOS ESTIVESSE IMPEDIDA
O sangue parando significa morte.
H,505 - MAL-HUMORADA, COMO SE NÃO HOUVESSE VIDA DENTRO DELA
A,14 - INQUIETAÇÃO EXCESSIVA, DESAGRADÁVEL. SEM MOTIVO PARA PRESSA, ESTÁ MUITO APRESSADO, TODO OBSTÁCULO QUE RETARDA O SEU PASSO RÁPIDO É EXCESSIVAMENTE ABORRECEDOR; ELE SE CHOCA CONTRA ALGUMAS PESSOAS QUE NÃO SAEM DO SEU CAMINHO O BASTANTE RÁPIDO E CORRE PELAS ESCADAS SEM FÔLEGO
H,14 - DISTRAIDO ENQUANTO ESTÁ LENDO OU ESCREVENDO, DEVIDO A UMA FREQUENTE PARALISIA DOS PENSAMENTOS
H,96 - UMA OFTALMIA COM UMA SECREÇÃO NOS OLHOS TÃO DOLOROSA QUE CHEGA A DESEJAR A MORTE
H,277 - ANSIEDADE NA CAVIDADE TORÁXICA E OPRESSÃO NO LADO DIREITO DO PEITO E DEPOIS EM TODO O PEITO
H,279 - SENTE COMO SE O SEU PEITO ESTIVESSE CONTRAÍDO
H,280 - COMPRESSÃO DO PEITO NA REGIÃO DO CORAÇÃO
H,281 - UMA ANSIEDADE QUE O IMPEDE DE RESPIRAR, COM SUOR QUENTE NA TESTA
H,284 - SENTE UM PESO COMO SE TODO O PEITO ESTIVESSE COMPRIMIDO POR TODOS OS LADOS
H,377 - DORES NAS ARTICULAÇÕES DO COTOVELO COM PENSAMENTOS DESESPERADORES E REFLEXÕES SOBRE A MORTE
H,397 - COMO SE ESTIVESSE SE RECUPERANDO DE UMA ENFERMIDADE SÉRIA RECENTE E SE LEVANTANDO DO LEITO DE DOENTE.
H,437 - SONHOS PROLONGADOS COM ANSIEDADE NO PEITO, COMO SE SUA RESPIRAÇÃO FOSSE IMPEDIDA E ACORDA POR ISTO
H,517 - QUEIXAS LAMENTOSAS, ANSIOSAS, COM MEDOS, DESESPEROS COVARDES, GRITOS ALTOS, CHORO, QUEIXAS AMARGAS E REPROVAÇÕES
H,534 - ESTÁ IMPERTURBÁVEL, APESAR DE NÃO ESTAR ALEGRE
H,536 - ÀS VEZES PARECE CHORAR, OUTRAS TRINAR
H,537 - TRAPAÇAS MALUCAS
H,538 - MEDO DA MORTE IMINENTE
H,539 - UMA ANSIEDADE MORTAL QUE VOLTA DE TEMPOS EM TEMPOS
H,540 - MEDOS LAMENTOSOS DA MORTE IMINENTE
H,541 - MEDO QUE UM INFORTÚNIO VENHA A ACONTECER.
A,55 - MOSCAS VOLANTES NA VISTA FAZEM COM QUE FIQUE ANSIOSA NA RUA, PENSA CONSTANTEMENTE QUE VAI SE CHOCAR CONTRA AS PESSOAS
A,56 - ANSIOSA, ACREDITA QUE VAI MORRER BREVEMENTE
A,59 - SENTE COMO SE SUA ÚLTIMA HORA ESTIVESSE CHEGANDO.
A,60 - TRÊS VEZES FICOU CEGA E AFIRMAVA QUE A MORTE ESTAVA PRÓXIMA
A,63 - MEDO QUE ACONTEÇA UM ACIDENTE
A,65 - MEDO DE CAMBALEAR E CAIR
A,68 - MEDO DE ESPÍRITOS
A,78 - DESEJA FICAR SÓ
A,79 - SEM INCLINAÇÃO PARA CONVERSAR
A,931 - SUSPIRA DEVIDO A CIRCULAÇÃO VAGAROSA E UMA SENSAÇÃO EVIDENTE DE CONGESTÃO DO SANGUE NOS PULMÕES. ACHA QUE O SANGUE PAROU E ESTÁ CONGESTIONADO ALI
A,935 - TENDE COM FREQÜÊNCIA A RESPIRAR PROFUNDAMENTE, SEM SUSPIRAR, COMO SE ISTO FOSSE IMPULSIONAR O SANGUE ATRAVÉS DOS PULMÕES, SEGUIDO DE UM HUMOR APRESSADO
A,1033 - SENSAÇÃO DE FADIGA E EXAUSTÃO NO PEITO; FALAR O MÍNIMO QUE SEJA É UM ESFORÇO
A-SUPL,8 - SE SENTE MAIS ALIVIADO INDO PARA O AO AR LIVRE, VOLTANDO PARA CASA TODOS OS SINTOMAS DE AGITAÇÃO PIORAM
Hr,1-21 - FALA DELIRANDO SOBRE A MORTE DURANTE O PARTO
Hr,1-36 - TIMIDEZ EXTREMA, ESPECIALMENTE DEPOIS DE UM SUSTO, MEDO DO ESCURO.
Hr,1-39 - PREDIZ O DIA DA SUA MORTE, DIZ ADEUS PARA SEUS AMIGOS, NUMA MULHER QUE ESTAVA EM TRABALHO DE PARTO
Hr,1-44 - NÃO TEM AFEIÇÃO POR NINGUÉM DURANTE A GRAVIDEZ
I C A S O:
Sexo feminino, 48 anos:
Depressão (chorando), não quero falar, estou péssima. Não gostava de ver gente morta porque tinha medo dela aparecer. Tenho medo do escuro, de água, rios. Não entrava só num elevador. Não tenho coragem de ir ao ginásio de esportes, tenho a sensação de ficar asfixiada. Tinha muito vontade de estudar e de progredir na vida, mas o marido não deixou. Acho que vou enlouquecer. Tenho um problema muito sério com a sogra. Me acho muito humilde. Faço as coisas para agradar às pessoas. Acho horrível se sinto que ofendi alguém. Detesto falar de doenças para não adoecer. Tenho pavor de ficar debaixo da terra, de ser enterrada viva. Começo a tremer só por falar nisso. Acho que o meu problema começou depois dessa sogra. Ela não queria o meu casamento. Ele é filho único. Queria saber enfrentá-la sem ficar assim, não admito chorar, por isto não quero falar no assunto. Quero ser um exemplo para os meus filhos. (Vejo nesta frase o bom pastor de ovelhas). Pensava que ia morrer antes do parto. (No teste do Mundo Ideal disse que sua culpa foi "Maltratar alguém, não procurou se relacionar bem, se tornou por isso uma pessoa indesejável". Aconitum procura fazer tudo para se relacionar bem, agradando a todos para ser aceito na sua função de "apascentador do rebanho", se não consegue atingir este objetivo se sentirá "sufocado"). Fico muito sensível por ter que pagar por uma coisa que não cometi. Tenho pavor de cirurgia. Não me conformo por minha mãe estar debaixo da terra. Eu era namoradeira demais. Sou síndica do prédio e isto não me agita, o que me atrapalha é dentro de casa. Essa noite pensei que iria morrer, acordei e o coração parecia que ia explodir, me deu aquele medo.
II CASO
46 anos, sexo feminino
Estava suada e com calor, tomei chuva. Após algum tempo o olho direito começou a lacrimejar, os lábios não se encontravam mais, a boca entortou. Paralisou um lado do rosto. Muito calor com suor no rosto, no pescoço e na cabeça. Vontade de tirar o lençol, na cama tiro a roupa sem ver. Medo de por a mão no chão à noite e alguém puxá-la. Os gases pioram à tarde com leite e vou dormir com a barriga cheia. Amanheço bem. Sinto uma necessidade de sexo tremenda. Tenho medo de cobra, de cachorro, de vaca brava, cavalo e de todo bicho que morde. Tenho horror a rato, sapo, lagartixa branca. Tenho medo de morrer e deixar minha filha. Retirei o útero por miomas hemorrágicos. Tenho muita facilidade para fazer amizades. Tenho tantas amigas, mesmo assim me sinto só. Tenho desconfiança de remédios. Sinto medo de morrer. Se a pessoa me fere, na hora fico muito triste, não guardo raiva, espero um dia fazer um bem muito grande para aquela pessoa, para que ela saiba que eu não sou ruim, retribuo o mal com o bem sempre. Já tive muito ciúme do meu esposo e tenho da minha filha. Se empresto uma coisa sinto ódio se precisar dela e não estiver em casa. Quero que a pessoa desocupe logo, que me devolva logo e em perfeito estado. Só entro numa loja se for para comprar. Minhas compras são rapidíssimas, apesar disso compro demais. Sou romântica. Preciso por os pés no chão. Faço de qualquer problema de saúde uma coisa muito grande. Tinha pavor do parto. Meu coração dispara se a campainha toca, assusto. Já me preparei muitas vezes para a morte. Certa vez, ao escolher minha própria sepultura, exigi do coveiro que plantasse uma árvore, pois não queria ficar debaixo do sol. Não gosto do tempo com sol (lembra Caust.). Adoro dar presentes, passar trotes. Sinto-me sufocada no meio de muita gente. Acho que minha filha me sufoca, me controla demais. Tenho medo de tarado, de briga, de cair de uma altura, tenho pavor de cisterna, ímpetos de jogar-me de um lugar alto. Não gosto de poeira nas mãos e nos pés. Fazia muitas coisas para chamar a atenção. Não ponho nada na boca sem saber o que é. Quero agradar a todo mundo, gosto de todo mundo.
III CASO
29 anos, sexo feminino, diabética
Tenho cálculos pancreáticos com dor. Sinto choque nos pés, principalmente à noite. Com susto ou emoção começo a suar, minhas pernas ficam moles. Na infância era muito parada, brincava de casinha. Tinha medo do escuro, de um rapaz musculoso e dormia com a luz do corredor acesa. Hoje o meu maior medo é de acidente de carro, de ladrão, de ser esfaqueada. Parece que tenho medo de tudo. Choro antes do tempo, por um medo terrível de perder meu filho. Não confio em sinaleiro. Detesto sentir essa dor do pâncreas, sou muito sensível, acho que já é o fim, que já vou morrer mesmo, que desta vez não escapo. Tinha horror ao parto. Tenho horror a caixão; é duro demais. Só de pensar que vou para debaixo da terra me apavoro, tenho certeza que vou sentir falta de ar. Morro de medo de água, não entro em rio, não ponho a cabeça dentro d'água, pois me sufoca. Não sou fã de elevador, fico com o coração meio apertado. No parto tinha medo da anestesia. Tenho horror a pensar na morte, mas não consigo deixar de pensar e até chego a imaginar como será o choro na minha própria morte. Odeio escuro, parece que sinto falta de ar. Subo no elevador esperando acontecer o pior, pois tenho medo de ficar presa nele. Adoro fazer compras, principalmente sapatos. Pego muito no pé do meu filho, pois tenho medo que algo de ruim aconteça com ele (É desta forma que Acon. sufoca a família). Adoro quando o tempo está fechado, com ares que vai chover, nesse dia me sinto bem (lembra Caust.). Meus sonhos são sempre cheios de morte. Ando sem paciência com choro de menino, seus gritos me irritam. Corro da minha melhor amiga na hora da morte.
M I T O DE P E R S E F O N E
Filha de Zeus com Deméter, deusa da agricultura, fazia com que a terra produzisse.
Perséfone havia sido prometida por Zeus como esposa de Hades, o deus do inferno, sem que ela soubesse. Hades era irmão de Zeus e quando houve a divisão do poder a ele coube o Inferno, a administração do mundo dos mortos, da escuridão.
Em compensação Zeus ofereceu para ele Perséfone como sua futura esposa, sem falar disto para ninguém.
Certo dia Perséfone estava passeando e de repente quando se agachou para colher uma flor a terra se abriu e Hades surgiu naquele momento, abraçando-a, sufocando-a. Ela só teve tempo de dar um grito de terror, sendo arrastada para o mundo dos mortos (É como se fosse enterrada viva).
Deméter, sua mãe, após procurá-la muito sem que a encontrasse, resolveu castigar o mundo fazendo com que não mais houvesse produção se não recebesse sua filha de volta. As árvores não produziam mais, os seres vivos começaram a morrer. Foram falar com Zeus que ordenou que fossem buscar Perséfone no mundo dos mortos. Antes de devolver Perséfone, Hades a fez comer uma parte de uma maça, e quem fizesse isto sempre deveria voltar ao seu reino. Sendo assim Perséfone voltaria ao mundo dos homens, terra da luz, mas sempre passaria uma parte do seu tempo lá em baixo, no mundo dos mortos, das trevas. No inverno, o tempo em que ela passa no mundo dos mortos, toda a natureza morre, tudo fica aparentemente sem vida, as folhas das árvores caem, muitos animais hibernam, a luz diminui, tudo fica mais triste, como se toda a natureza estivesse morta. Quando chega a primavera Perséfone é devolvida por Hades para o mundo da luz. Com sua volta toda a natureza revive. Deméter faz com que tudo volte a vida, as árvores brotem, surgem as flores, os frutos, de volta a luz. No começo do outono Perséfone retorna ao mundo dos mortos (Nesse mito encontramos as polaridades: Vida/Luz; Morte/Trevas).
Hades queria Perséfone para sempre com ele no mundo dos mortos, mas Zeus teve que atender ao pedido de Deméter que disse: Se não trouxer minha filha de volta ao mundo todos vão passar fome. Zeus não pode fazer outra coisa além de um acordo. Sua filha permanece uma estação com Hades nos Infernos e três estações com Deméter na Terra (Aconitum, como a planta, tem consciência que vai morrer em breve, que a vida é curta. Já Calcarea, que seria Deméter, tem medo de passar fome e medo da pobreza).