O paciente Bryonia é extremamente irritável, tudo
o irrita e desagrada.
Tem ansiedade pelo futuro. Desejo de chorar.
Está sempre atarefado com uma enorme agitação. Deseja
coisas, mas está indeciso. Não sabe o que quer.
Tem uma enorme dificuldade em falar, gosta de estar sozinho
e detesta receber visitas.
Não gosta de ser contrariado, o que o encoleriza. Se se
sente injuriado ou contraditado, explode em cóleras, tem arrepios e tremores,
fica literalmente doente.
No delírio fala sem cessar do seu trabalho; deseja sair da
cama e voltar para casa.
Sempre pior depois de ter comido. Irrita-se por tudo e por
nada.
Insonia com agitação, em especial pela meia noite.
Quando se levanta da cama ou de uma cadeira tem vertigens
com a sensação de que a sua cabeça rodopia.
As suas dores são agudas, dilacerantes, picantes, com
agravação pelo calor, movimento e às três horas da manhã, melhorando pelas
bebidas e aplicações frias, pela imobilidade absoluta e quando se deita sobre o
lado ou parte dorida.
Dor de cabeça congestiva que começa logo de manhã, quando se
levanta ou abre os olhos, no occipício, aumentando gradualmente para a tarde.
Tem a impressão de que a cabeça vai estourar, que o cérebro lhe vai sair pela
fronte. Agrava por qualquer movimento, seja ele qual for – até o dos
próprios globos oculares – e depois das refeições. Melhora na
tranquilidade acompanhada de obscuridade.
Dor de cabeça por prisão de ventre.
As mucosas estão todas exageradamente secas.
A boca está seca, os lábios secos e pergaminhados. Tem um
gosto amargo.
A língua, seca, pergaminhada, coberta por uma camada
relativamente espessa e esbranquiçada, cola-se ao céu-da-boca.
Tem sede de grandes quantidades de água fria, ingerida
espaçadamente, em longos intervalos.
Fica sempre pior depois de ter comido, de mau humor, com a
sensação de ter uma pedra no estômago, que alivia com o aparecimento de
eructações.
Aversão aos alimentos gordos.
Não se quer levantar por causa das náuseas e outros
padecimentos que sente. Vômitos de bílis.
Prisão de ventre com fezes muito duras, escuras, grandes,
secas como se estivessem queimadas. Prisão de ventre à beira mar.
Diarreia que surge de manhã com os primeiros movimentos.
Diarreia durante uma recrudescência de tempo quente, biliosa, irritante.
Epistaxe ao levantar e às três horas da manhã.
Tosse seca por acessos, com sufocação e vômitos,
praticamente sem expectoração, melhora na tranquilidade, no repouso e agrava
pelo menor movimento, quando o paciente sai de um lugar frio e entra num quente
e quando faz inspirações profundas. A tosse provoca dores intensas, lancinantes
no peito e na cabeça, que melhoram pela pressão forte, com especial incidência
no pulmão direito. O doente vê-se obrigado a colocar as mãos no peito, tal é a
dor.
Tosse seca que é provocada por comichão na laringe.
Endocardite e pericardite.
A urina é escura e pouco abundante.
Uma epistaxe precede as regras ou chega mesmo a
substitui-las. A doente sangra do nariz em vez de ter regras.
Os seios estão pálidos, quentes, doridos e muito duros.
Movimento constante do braço e da perna esquerda.
Reumatismo articular agudo, que impede os movimentos, com
articulações inflamadas, sensíveis ao toque.
AGRAVAÇÃO: pelo menor movimento; pelo esforço; pelo toque;
pelo calor e pelo tempo quente; às nove horas da noite e principalmente às três
horas da manhã; após a supressão de um corrimento seja qual for a sua natureza.
MELHORA: pelo repouso, pela imobilidade absoluta, tanto
física quanto mental; pela pressão; estando deitado sobre o lado dorido; pelas
bebidas ou aplicações frias.