OPIUM

Todo o padecimento a que se segue um sono profundo.
O doente não se queixa, não se lamenta ou sofre, não pede nada, não tem desejos.
Apoplexia. Profundo torpor com perda da consciência.
Delírio loquaz. Alucinações assustadoras. Pensa que não está na sua casa.
Convulsões nas crianças, por medo de estranhos, à aproximação de pessoas que não conhece ou por sustos.
Grande sonolência, mas não consegue dormir. Insonia com hipersensibilidade auditiva. Sufoca ao dormir, acordando sobressaltado. Tem a sensação de que vai parar de respirar no momento em que adormecer.
Tem a sensação de que a cama está muito quente, tão quente que não pode ficar deitado. Move-se constantemente em busca de um local fresco, não suportando estar coberto.
Perda de reação vital. O remédio, mesmo que bem escolhido não produz qualquer efeito.

Congestão cerebral. Sente a cabeça pesada, com peso mais acentuado na região occipital, com vertigens.
O rosto está vermelho, muito quente, inchado e congestionado, coberto de suores quentes. As extremidades estão frias.
O maxilar inferior está caído.                    

As pupilas estão insensíveis, demasiadamente contraídas.
Os olhos congestionados e meio abertos.

Secura de boca.
Língua escura, paralisada.
Os órgãos digestivos estão inativos. Os intestinos estão tão inativos que nem os purgantes mais eficazes e potentes os fazem funcionar. Volvo.
Não tem nenhum desejo de evacuar. As fezes, duras,  saem e entram.
Fezes involuntárias, em especial depois de medo. Fezes pretas de odor forte.

O pulso é lento e cheio.

Retém a urina após susto.
Retenção de urina não obstante a bexiga esteja cheia.

Doenças acompanhadas de paralisia completa ou parcial; na sequência de medo.

Pele quente, com suores quentes.
Extremidades inferiores frias.
Deseja ficar descoberto.


AGRAVAÇÃO: durante o sono; depois do sono; pelo calor; pelos estimulantes, especiarias e narcóticos; pela transpiração.


MELHORA: pelo frio; caminhando constantemente.