O doente Graphites é apático, tímido, inquieto,
hesitante. Chora sem motivo. A música faz com que chore.
Desencorajado, pensa continuamente na morte.
É excessivamente prudente, tem o desejo da perfeição.
Friorento, triste, indeciso, impressionável, com a
sensibilidade à flor da pele. É indiferente e a sua memória está afetada. Tem
dificuldade em tomar decisões.
Nenhum trabalho o satisfaz, qualquer atividade causa-lhe
desagrado. Não consegue estar quieto, principalmente quando está sentado no
trabalho.
Estado de catalepsia: o paciente está consciente mas não
pode mexer-se nem falar.
As crianças são traquinas e imprudentes. Riem e zombam
quando as repreendemos.
Sensação de teia de aranha na fronte.
Dores de cabeça quando acorda de manhã, com sensação de
entorpecimento e náuseas, agravando à esquerda.
Dor no occipício, com sensação de aperto, que se estende ao
pescoço e peito.
As pálpebras, em especial de manhã, estão inchadas e
colam-se. Fotofobia. As suas margens estão inflamadas, com os bordos cobertos
de escamas ou crostas.
Blefarite. Eczema das pálpebras, com erupção exsudativa e
fissurada.
Tem erupções atrás dos ouvidos. Estas erupções são úmidas.
A audição é deficiente, o paciente ouve melhor no meio do
barulho, quando há ruído. Ouve melhor num automóvel, no meio de ruídos surdos.
Eczemas que circundam a boca e os lábios.
Os lábios e as narinas estão doridos e gretados como pelo
efeito do frio.
Vesículas queimantes na ponta e na parte inferior da língua.
Tem aversão aos doces e à carne, alimentos que lhe causam
náuseas. Não gosta de bebidas quentes e os alimentos cozidos causam-lhe
repugnância.
Flatulência gástrica aliviada por vômitos.
Dores de estômago ardentes, compressivas. Ardência do
estômago derivada da fome.
O abdômen está distendido e o doente sente necessidade de
desapertar as roupas.
Prisão de ventre crônica. As fezes são difíceis de expulsar
por serem volumosas, grandes e duras e estão ligadas por filamentos viscosos.
Diarreia que ocorre normalmente após supressão de uma
erupção, com fezes líquidas e escuras, de odor pútrido, misturadas com
alimentos que não foram totalmente digeridos.
Tem dores picantes no ânus que agravam depois de cada
evacuação. Pruridos que também agravam à noite. Hemorroidas ardentes.
Sensação de frio no corpo. É sensível às correntes de ar.
Resfria-se com facilidade.
O nariz está vermelho e tem dores no seu interior,
custando-lhe a assoar-se.
Anemia com vermelhidão da face.
Aversão ao coito nos dois sexos.
Fraqueza sexual devida a abusos, excessos sexuais.
Quando urina, esta é clara. Depois de algumas horas fica
coberta de uma película que se torna turva deixando um depósito branco.
Eczema do escroto que apresenta erupções do tipo viscoso.
As regras atrasadas, são pouco abundantes, pálidas, muito
curtas e acompanhadas de cólicas violentas.
Retardam quando a doente molha os pés.
Vômitos matinais durante as regras, com fraqueza e
prostração.
Por vezes, uma leucorreia abundante, esbranquiçada, viscosa
e escoriante, substitui-as. Esta, agrava de manhã quando a doente se levanta.
Leucorreia antes e depois das regras, escoriante, provocando
a irritação das coxas e pruridos. Prurido da vulva antes das regras.
Os mamilos estão doridos, fissurados. Cancro dos seios em
cicatrizes antigas e abcessos de repetição. Cancro do útero.
A pele é doente. Qualquer ferida, mesmo pequena, supura.
Crostas escamosas sob as quais escorre um líquido transparente como água,
viscoso, pegajoso e espesso podendo apresentar-se amarelado, assemelhando-se ao
mel claro.
Velhas cicatrizes abrem-se de novo.
Eczemas exsudantes: do couro cabeludo, das pálpebras, na
parte de trás dos ouvidos, nos lábios, queixo, dobra de flexão dos membros
superiores e inferiores, nos genitais, localizados entre as coxas, nádegas,
dedos e tornozelos.
A pele das mãos é dura, gretada. As unhas doridas, são
quebradiças, deformadas e espessas, crescendo grossas e disformes.
AGRAVAÇÃO: à noite, principalmente antes da meia-noite;
durante e após as regras; pelo calor da cama.
MELHORA: na obscuridade; cobrindo-se.